O lcmarques postou este comentário:
"Depois da notícia da recém-nascida resgatada na Pampulha, todos os dias os jornais noticiam casos de recém-nascidos abandonados. Na sua opinião, a primeira noticia desperta na sociedade o sentimento de que é um ato normal e estimula que façam o mesmo ou simplesmente os jornais passaram a divulgar o que antes não era considerado importante e só o foi após um caso impactante?"
A primeira hipótese levantada é razoável. Não é por outra razão que os jornais evitam noticiar casos de suicídio, exceto aqueles em que os envolvidos são figuras públicas. Existe um princípio nas redações segundo o qual suicidas em potencial podem sentir-se encorajados pelas notícias de suicídios, digamos, "bem sucedidos".
Jogar um bebê fora é sempre notícia e duvido que algum jornal decida ignorar esta informação, por mais trágica e pesada que seja. Na verdade, de maneira geral a mídia se esforça para compreender a atitude da mãe. Como se uma depressão pós-parto pudesse justificar o assassinato do filho recém-nascido. Caso típido de flexibilidade moral e relativismo ético dos nossos dias.
2 comentários:
Grato em responder, estimula comentários e dúvidas sobre assuntos que você conhece muito.
Abraços
É sempre bom ouvir o Marona, afinal ele tem uma grande e elogiável experiência em redação de jornal e tv. Meio que viu de tudo um pouco. Saudações.
Jorge Freitas
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