Justiça seja feita: este Sérgio Cabral demonstra coragem ao comprar briga com médicos do serviço público.
Leonel Brizola fez isto, durante o primeiro governo, e enfrentou uma greve interminável, que o obrigou a intervir nos hospitais e botar militantes do partido em cargos de direção. Do contrário, o estado corria o risco de sofrer uma intervenção.
É claro que a greve contra Brizola não foi criticada pelos jornais e eis aqui, talvez, a única vantagem de Sérgio Cabral nesta briga. Hoje, O Globo não se omitiria diante de uma greve como aquela apenas para ver o governador acuado. Ou sim?
Quando perguntaram a Sérgio Cabral, ontem, se ele se arrependera de chamar os médicos que faltaram ao plantão de vagabundos, o governador respondeu sem pestanejar:
"Se eu retiro o que disse? Imagina! Vagabundos. Faltaram porque foram vagabundos e descompromissados com a população. Se não estão satisfeitos, vão embora. O Cremerj tem que investigar a falta de médicos nos hospitais, e não ficar defendendo meia dúzia de faltosos, de gazeteiros. Quero saber quando o conselho se mobilizou para cobrar a presença dos médicos."
A presidente do Cremerj, Márcia Rosa de Araújo, disse que Cabral está sofrendo de problemas mentais - diagnósico rapidíssimo, para uma profissional do ramo - e em seguida anunciou:
"A nossa resposta vai ser uma paralisação."
Este blog desconhecia o fato de que o Cremerj, em vez do sindicato dos médicos, pode levar a categoria a uma greve. E perguntaria: para que serve o Cremerj, se existe um sindicato para defender os médicos nos seus direitos de trabalhadores?
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