Os institutos de pesquisa erraram feio no Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. É verdade que nos últimos dias acabaram se ajeitando. Acertaram que haveria segundo turno e quem participaria da nova disputa. Mas é muito pouco.
No Rio, o Ibope pagou um dos grandes micos de sua história. Há menos de uma semana, dava Crivella com 14 pontos percentuais à frente de Gabeira. O candidato do PV reclamou, ouviu desaforos de Carlos Augusto Montenegro, mas o Ibope apressou-se em acertar os dados e, na véspera da eleição, promoveu uma mudança impressionante: Gabeira voou como um foguete e Crivella foi empurrado de um abismo para que os dois ficassem praticamente empatados.
Ainda assim, tanto o Ibope quanto o Datafolha apontaram pequena vantagem de Crivella. O resultado, vocês sabem:
Gabeira 26%,
Crivella 19%.
Trata-se de erro bem maior que a margem de erro, em ambos os institutos.
Crivella foi inflado artificialmente.
Em Belo Horizonte, durante toda a campanha as pesquisas apontaram vitória de Márcio Lacerda, candidato da surpreendente aliança entre Aécio Neves e Fernando Pimentel - PSDB e PT - ainda no primeiro turno. Pois não é que Leonardo Quintão, do PMDB, praticamente empatou com Larcerda e disputará com ele um segundo turno que por certo vai ser eletrizante?
Não prever este empate, ainda que tenha sido prevista a necessidade de segundo turno, às vésperas da eleição, é erro grave de pesquisa.
Quanto a São Paulo, faz tempo que Datafolha e Ibope estão prevendo Marta Suplicy e Gilberto Kassab no segundo turno. Mas a vantagem de Marta sobre o atual prefeito era enorme. Até agora (21 e 45), apurados 64% dos votos, Kassab está na frente, com 35% dos votos, contra Marta em segundo, com 31%.
Falta muito para acabar a apuração na capital paulista. Mas vislumbra-se ali mais um erro grave de levantamento de opinião.
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