quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Para Obama, até perder por pouco no debate é bom

John McCain no cenário do debate faz lembrar Mel Brooks imitando... John McCain.

Barack Obama exala elegância em sua figura longilínea.

McCain parece ter dificuldade para levantar os pés quando caminha pelo cenário.

Obama desliza como um Michael Jackson, só que mais branco.

Mas o republicano é afetuoso com o público, cria intimidade, toca efusivamente no ex-oficial da Marinha.

O democrata denota pudor em seus gestos contidos, cuidadosos, tímidos.

Na discussão de idéias, Obama só saía de sua placidez para reagir a uma ou outra fustigada de McCain. Não aceitou as provocações. E fez bem.

McCain, virtualmente derrotado, precisa criar fatos e promover confrontos. Obama, virtualmente vitorioso, só precisa impedir que qualquer fato ou confronto ganhe dimensão.

Para Obama, o empate é um ótimo resultado. Perder por pouco também serve. Talvez ele tenha perdido por pouco, ontem, mas isto não tem importância porque a campanha chegou a um estágio em que nada parece capaz de mudar a opinião do eleitor.

A não ser que exista um grande contingente de eleitores mentindo aos pesquisadores, com vergonha de afirmar que preferem o falcão republicano ao negro democrata.

Esta pode ser a última esperança de McCain.

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