Tem razão a prefeitura do Rio quando afirma que é praticamente impossível manter a cidade calma com mais de 400 blocos de carnaval desfilando em quatro dias. Os blocos pipocam em todos os bairros e em várias ruas de um mesmo bairro, principalmente na Zona Sul e no Centro.
É bom para a cidade? Claro. O carnaval do Rio cresceu com os blocos de rua.
Mas está ficando cada vez mais evidente que o carnaval de rua exige organização. A presença nos blocos não deve ser cobrada, como acontece em Salvador. Deve ser livre, popular, sem abadás e cordões de isolamento.
Mas a prefeitura terá que definir um local apropriado para o desfile dos blocos. Não é preciso construir um blocódromo, mas uma área da cidade deve ser destinada a este tipo de festa - como ocorre com o desfile das escolas de samba e com o revéillon.
Poderia ser na orla mesmo, entre Ipanema e Leme, por exemplo. Talvez o Aterro do Flamengo.
Não significará o fim dos engarrafamentos, mas pelo menos os habitantes do Rio, assim como os visitantes, saberão que pedaço da cidade devem procurar, se quiserem participar do carnaval de rua, e que parte do Rio devem evitar, se não quiserem ficar presos num engarrafamento.
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