O roubo de uma Pajero forjou um líder: o dono de butique Fred D'Orey, que teve seu carro levado pelos ladrões e, no dia seguinte, devolvido intacto pela polícia, apossou-se de ira cívica e promoveu um ato público no Rio - no Posto 10, of course - no Dia da Independência. Estimulado por internautas e por alguns blogs engajados, reuniu 300 pessoas, segundo os jornais, todas indignadas com tudo o que aí está.
A linha ideológica do protesto foi dada pelo próprio líder, que, num megafone, bradou:
- A gente virou escravo da classe política brasileira. Produzimos riquezas para sustentar os políticos.
Artistas e celebridades se fizeram presentes. Havia pelo menos um Titã entre os manifestantes - quase um décimo do grupo. Um cinesta também, naturalmente. Mais precisamente, um documentarista. O ator Ricardo Petraglia propôs:
— Minha vontade é propor desobediência civil. Enquanto pagarmos impostos essa gente vai continuar se locupletando lá.
A idéia de não pagar impostos foi muito bem acolhida.
Fred D'Orey fez uma advertência, praticamente uma denúncia:
— Não sou candidado a nada e sei que estou me arriscando. Podem chegar e dizer: "Vamos quebrar esse cara." Mas ou a gente se mexe ou não vai ter mais Brasil. Está entalado.
Fernando Gabeira, o deputado de Ipanema que mais combate a corrupção no Congresso, cometeu a indelizadeza de pedir para falar. Recebeu uma vaia acachapante.
— Políticos, não! - gritavam os manifestantes.
Esperto, pegou carona na onda:
— Compartilho da rejeição à classe política.
Mesmo assim, foi interrompido por vaias e gritos de "cala a boca!".
É bem feito! Quem mandou se meter com gente tão politizada.
4 comentários:
Outro dia vi esse Senhor das Lutas Sociais tomando um "breakfast" em uma padaria, ou será bistrô, ou delicatessen, sei lá o nome daquela merda, na rua Farme de Amoedo. Estava com jeito de estar fazendo campanha para um outro "rapaz". Achei estranho pois os dois estavam com roupas rasgadas, parecendo mau trapilhos. Será que eles não tem dinheiro para comprar roupas novas? Já sei, devem estar querendo provocar um choque visual na sociedade. Não tenho certeza, e não quero acreditar, mas a Pajero do D`Orey gerou mais comoção que a morte de dois jovens em Duque de Caxias e de tantas outras que acontecem diariamente no nosso estado, como a que acaba de acontecer na Presidente Vargas.
Fizemos uma matéria bem Legal com o Fred D`Orey...ele conta do seu mais novo livro
Acesse o site www.surffoto.com.br
Ou
http://www.surfoto.com.br/materia_detalhe.aspx?publ=52
Acredito que cabe a cada um indignar-se com o que lhe comove. Ele tem sim pleno direito de protestar e querer comoção por algo que lhe afetou! Se ele não fizer, quem vai então fazer? O ideal então é mesmo a apatia?
E sobre a suposta opção sexual do estilista, acho muito medíocre querer colocar isso em pauta, quando o assunto é a sua posição civil.
Ele com sua empresa gera SIM riquesas e empregos em um país que tem lhe devolvido isso em forma de violência e desrespeito (Não só à ele, mas a todos nós).
E acho que se, assim como o Fred D'orey houvessem mais pessoas que defendessem o que acreditam, teriamos uma sociedade mais pró-ativa e respeitada.
Fred Dorey é gay?
Eu nem sabia.
Mas continuo achando o seu engajamento por um Pajero ridículo.
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