quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

O ASSASSINATO DE UMA BRAVA MILITANTE

Primeiro, mata-se a eleição direta, ao derrubar uma presidente que não cometeu nenhum crime, e fica por isso mesmo porque, afinal, metade do país não votou nela, o Congresso não vale nada e o STF não tem coragem de agir em defesa da Constituição.

Depois, começam a matar as conquistas obtidas pelo povo durante décadas, reduzindo direitos trabalhistas, previdenciários, de habitação, saúde e educação.

Em seguida, extingue-se a soberania do país sobre algumas de suas riquezas mais importantes, como o petróleo.

Elimina-se, também, a capacidade de atuação e os empregos das únicas empresas brasileiras que podiam competir no mercado global.

Mata-se o direito do povo de se manifestar e protestar livremente, nas ruas, contra as autoridades e em defesa da moradia e até mesmo dos salários, que deixaram de ser pagos.

Enquanto tudo isto acontece, busca-se a qualquer custo o assassinato político daquele que o povo ainda considera o maior presidente da história do país.

Até que a mulher dele, uma brava militante e leal companheira de todas as horas, é executada pela pressão insuportável das mentiras da imprensa, da injustiça deliberadamente produzida pela polícia política e pela máquina do judiciário, da agressão das redes sociais, da humilhação pública de seus filhos e do seu marido.

Marisa Letícia será apenas o primeiro cadáver literal.

A nação com que sonhamos e que estávamos lutando para construir já foi fuzilada.  

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