quinta-feira, 10 de julho de 2008

Prender para interrogar é ditatorial

Josias de Souza, no UOL, destaca os argumentos de Gilmar Mendes para a libertação de Dantas e família. Frases que não encontrei nos jornais de hoje. Vejam:

O presidente do STF comparou a “prisão com a exclusiva finalidade de interrogatório dos investigados” a um expediente muito usado sob a ditadura militar.

“...Em muito se assemelha à extinta prisão para averiguação, que grassava nos meios policiais na vigência da ordem constitucional pretérita.”

O ministro foi além. Escreveu que “a boa aplicação dos direitos fundamentais de caráter processual” é o que “permite distinguir o Estado de Direito do Estado Policial!”.

Citando o mais ilustre pensador político da Itália, Gilmar Mendes foi ao fígado:

“Na mesma linha, entende Norberto Bobbio que a proteção dos cidadãos no âmbito dos processos estatais é justamente o que diferencia um regime democrático daquele de índole totalitária”.

De uma penada, o presidente da mais alta corte do país tachou de autoritários a PF, que pediu as prisões; o Ministério Público, que as endossou; o juiz, que as determinou; e, de cambulhada, o ministro Tarso Genro (Justiça), que festejou o resultado da empreitada.

Um comentário:

Anônimo disse...

Concordo, desde que seja extensivo a todos os Brasileiros, principalmente o pobre, que muitas vezes apoderassem na cadeia, sem ao menos um julgamento.

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