sexta-feira, 4 de julho de 2008

Uma passeio pela internet. Se funcionar

Meu comentário das 11 e 30 na Rádio Mundial AM1180:

Nós já tinhamos falado aqui esta semana sobre como é difícil imaginar um mundo sem internet.

Na Colômbia, no dia da libertação de Ingrid Betencourt, a internet congelou por causa do grande número de pessoas que buscava notícias na rede.

Eu lembrei também que a internet ficou parada nos Estados Unidos quando do atentado que derrubou as torres gêmeas, em 2001.

E disse que sempre que a história está acontecendo a internet falha.

Pois no Brasil não precisa tanto. A internet falha por qualquer razão.

Ontem, São Paulo, que dizem que não pode parar, travou completamente. Ficou sem internet desde a noite de quarta-feira até a noite de quinta. Quase 24 horas de serviços essenciais paralisados. Um dia inteiro sem acesso a emails e a qualquer informação eletrônica, inclusive por celular, para dois milhões e quatrocentos mil paulistas.

A pane ocorreu no serviço de fornecimento de banda larga da Telefonica, que até agora não conseguiu explicar a causa do problema. Os dois maiores jornais de São Paulo deram manchete ao colapso.

Na Folha: “Apagão da Telefonica corta serviços em São Paulo”.

Estadão: “Pane na Telefonica paralisa serviços públicos essenciais”.

Os usuários residenciais também ficaram sem internet. A Telefonica é responsável por um em cada quatro pontos de conexão rápida no Brasil.

A irritação foi enorme. Ninguém conseguia uma explicação para a pane. Pior ainda, ninguém conseguia sequer falar com a empresa para perguntar o que houve.

Portais como o UOL, assim como sites e blogs com servidores em São Paulo ficaram fora do ar.

Uma pane não muito diferente atingiu o Fluminense na noite de quarta-feira, no Maracanã. O time conseguiu o que parecia impossível – fazer 3 a 1 e empatar a disputa com a LDU. E não conseguiu o que parecia ser o mais fácil: bater bem quatro pênaltis.

Agora, segundo os sites e blogs sobre esporte, o clube discute o seu futuro próximo. Dodô, irritado por ser reserva, quer ir embora. Os dois Thiago, o Silva e o Neves, podem ser vendidos para o exterior.

Mas o maior erro do Fluminense não é ter perdido uma decisão. Decisões podem ser vencidas ou perdidas. É do jogo. O maior erro será entrar em desespero e esquecer que está na zona de rebaixamento no campeonato brasileiro.

O time não é ruim e tem condições de crescer na tabela, se levar o brasileirão a sério. Quem sabe, pode até conquistar novamente uma vaga para a Libertadores do ano que vem. E até lá, treinar cobranças de pênalti.

Mais notícias de futebol vocês podem ler no site da Mundial – em www.mundial.com.br. E mais comentários meus no www.blogdomarona.blogspot.com.

Bom fim de semana para todos.

Segunda-feira a gente volta.

Um comentário:

Anônimo disse...

Boa abordagem e execelentes analogias. Aproveitando a deixa, o Fluminense sofreu da mesma pane no primeiro termpo do jogo lá. Sobre a entropia da Telefônica, andei lendo explicações interessantes sobre a falta de investimentos em novas linhas. Parece que a empresa está fazendo rodar 50 vezes mais dados pelos mesmo fios que a Telesp instalou décadas atrás. Sérgio Saraiva

Postar um comentário