Um assassino tem direito de falar à opinião pública?
Nas emissoras de televisão do Brasil, certamente sim. Não falam, apenas. Dão longas entrevistas, ao lado de seus advogados, com perguntas combinadas previamente e tempo suficiente para se defender.
Em Israel é diferente.
Por pressão dos telespectadores, duas tevês foram obrigadas a suspender entrevistas com o assassino do premier Itzhak Rabin, ocorrido em novembro de 1995. Yigal Amir está preso. Foi condenado à prisão perpétua e, nas entrevistas que acabaram não indo ao ar, explicava os motivos que o levaram a matar Rabin a facadas.
Um telespectador justifica sua oposição à exibição da entrevista:
"O assassino de Rabin deve sumir do mapa de nossa sociedade, e não receber um microfone para falar. "
O líder do Partido Trabalhista e ministro da Defesa é mais duro:
"Yigal deve apodrecer na prisão até o último dos seus dias e não se pode, de maneira nenhuma, permitir que ele participe do diálogo público."
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