domingo, 2 de novembro de 2008

Em Israel, assassino não dá entrevista

Um assassino tem direito de falar à opinião pública?

Nas emissoras de televisão do Brasil, certamente sim. Não falam, apenas. Dão longas entrevistas, ao lado de seus advogados, com perguntas combinadas previamente e tempo suficiente para se defender.

Em Israel é diferente.

Por pressão dos telespectadores, duas tevês foram obrigadas a suspender entrevistas com o assassino do premier Itzhak Rabin, ocorrido em novembro de 1995. Yigal Amir está preso. Foi condenado à prisão perpétua e, nas entrevistas que acabaram não indo ao ar, explicava os motivos que o levaram a matar Rabin a facadas.

Um telespectador justifica sua oposição à exibição da entrevista:

"O assassino de Rabin deve sumir do mapa de nossa sociedade, e não receber um microfone para falar. "

O líder do Partido Trabalhista e ministro da Defesa é mais duro:

"Yigal deve apodrecer na prisão até o último dos seus dias e não se pode, de maneira nenhuma, permitir que ele participe do diálogo público."

Nenhum comentário:

Postar um comentário