O blog não acredita em relativismo.
O blog entende que um país atacado com dezenas de mísseis por uma força armada estrangeira tem o direito de reagir, com a força necessária para inibir futuras agressões.
O Hamas, grupo terrorista que domina o norte da faixa de Gaza, contra a vontade da população que elegeu um governo moderado, não representa a Palestina. Tampouco representa os árabes dos países vizinhos.
Cidades do Sul de Israel têm sido atacadas por mísseis do Hamas, com a tolerância do governo palestino e a condescendência dos demais países árabes. O Hamas não escolhe alvos militares. Ataca indistintamente qualquer bairro das cidades israelenses, rompendo uma trégua que havia sido firmada em agosto e que Israel vinha cumprindo rigorosamente.
Na faixa de Gaza, o Hamas se protege misturado à população civil, que transforma em escudo para desestimular qualquer reação militar israelense. Mesmo assim, Israel reagiu, hoje de manhã, atingindo dezenas de alvos militares ou terroristas do Hamas. É muito provável que civis tenham sido atingidos pela resposta israelense, o que transforma a ação militar, para a imprensa internacional, manipulada pela ideologia palestina e árabe, em agressão gratuita indiscriminada.
Não é.
3 comentários:
Perfeito, caro Marona. O antisemitismo rasteiro que domina as redações mundo afora já está descendo o sarrafo em Israel, como previsto: foi uma "reação desproporcional"...Nojentos! Espero, ansiosamente, pelo dia em que o governo daquele invejável oásis de democracia e qualidade de vida perca a paciência e detone os selvagens de uma vez por todas. Fogo neles! Viva Israel!
Eu acho que a onda de ataques aéreos de ontem não poderia ter dado melhor indicação, nem a mais dramática, do fracasso de Israel para eliminar a política do Hamas em Gaza. Isso porque dificilmente Israel vai conseguir criar condições “intoleráveis” para o Hamas; acho que a população de Gaza depois desses ataques vai ampliar o apoio ao Hamas, bombardeio vai radicalizar ainda mais a juventude de Gaza, fornecendo ao Hamas novas levas de recrutas. Do lado israelita, esta ofensiva apenas seis semanas antes das eleições gerais pode se transformar em um tremendo aperto, se o Hezbollah - que lutou muito bem em 2006 e conseguiu neutralizar a ofensiva israelense e destruir vários Merkada - entrar na guerra, atacando a fronteira norte de Israel com o Líbano. Ai pode começar uma guerra generalizada. Os protestos e as pedradas já se espalham por toda a Cisjordânia e se uma nova Intifada for lançada, então as eleições em Israel vão pro brejo. Vai ser interessante observar o que vem pela frente.
Se você estiver procurando a causa deste ataque israelita contra Gaza, esqueça o Hamas. O verdadeiro casus belli é político, tanto em Israel quanto na América.
Em Israel, teremos eleições em seis semanas. O aumento da direita em Israel tem beneficiado o movimento dos colonos e o Partido Likud, que provavelmente será o principal beneficiário – quando não haverá possibilidade de uma resolução pacífica para a questão palestina. Por outro lado, o atual governo israelense é extremamente impopular, e - com as sondagens revelando uma enorme tendência para a direita - a guerra é uma tentativa para fortalecer a base eleitoral do governo.
Falando de Washington, todo este exercício de futilidade armado não irá criar uma única parcela de segurança para Israel. O Hamas não vai ser destruído e aposto que o êxito não será maior do que o obtido por Israel depois da guerra de 34 dias no sul do Líbano, há dois anos, contra o Hezbollah. Na verdade, o que acontece é que Obama ainda não nomeou a sua equipe para o Oriente Médio e os israelitas se anteciparam e estão “sabotando” qualquer futuro esforço para a região. Em suma, o massacre que ocorre agora em Gaza é uma ação grave contra qualquer proposta de paz do gabinete de Obama.
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