quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Movimento dos Jornalistas Sem Terra

O New York Times, reproduzido pelo Globo, noticiou um encontro do primeiro-ministro do Iraque com a direção do sindicato dos jornalistas de Bagdá em que o governante reafirmou a promessa se fornecer, a preços subsidiados ou quase de graça, terrenos para os profissionais de imprensa daquele país.

A promessa é antiga. Os jornalistas iraquianos entendem que têm direito ao benefício. Afinal, trabalham no lugar mais perigoso do mundo para a prática do jornalismo. Como disse o presidente do sindicato, "são direitos sociais e legais para o cidadãos, e para o cidadão jornalista".

O NYT especula que este tipo de relacionamento entre o Estado e a categoria provocaria escândalo nos Estados Unidos. Difícil saber.

No Brasil, provavelmente não. Ou seria fingimento.

Houve um tempo, e não faz muito, em que era comum conceder a jornalistas sinecuras como financiamento bancário a perder de vista, crédito facilitado para compra de casa própria e acesso sem complicações a terrenos baratos.

A diretoria do extinto Banco Nacional exercida pelo falecido José Aparecido de Oliveira, especializou-se em ajudar jornalistas em dificuldades ou em busca da casa própria. Os coleguinhas da época achavam normal.

Nos anos 80, muitos jornalistas que trabalhavam em Brasília obtiveram grandes facilidades para comprar terrenos a preço de banana, no Lago Sul, no Lago Norte ou no Park Way, onde puderam construir casas confortáveis, em alguns casos verdadeiras mansões, muitas das quais ocupadas por eles até hoje. Também achavam normal.

2 comentários:

Anônimo disse...

Hoje, têm dívidas perdoadas pelo BNDES ao mesmo tempo em que fazem "dossiês" baseados em opiniões e suposições contra quem critique Luciano Coutinho e cia.

Upiara B. disse...

Há uns três anos a Caixa lançou uma linha de crédito especial para jornalistas. Tinha esquecido disso, vou procurar no site...

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