Este blog denunciou ontem (veja mais adiante) que o Senado está aplicando duas vigarices aos repórteres que cobrem os escândalos da Casa e que uma delas é a decisão de contratar concursados para substituir os terceirizados, como se fosse medida moralizadora e parcimoniosa.
Com a decisão, em vez de reduzir o quadro de servidores, inchado desde cima (são 181 diretores!), o Senado vai aumentar o número de servidores estáveis e, portanto, indemissíveis. Agirá na contramão do governo federal, que vai suspender concursos públicos enquanto durar a crise econômica que atinge o país. A crise, no Senado, virou mesmo marolinha.
A vigarice se impôs. Em pé de matéria do Globo, aparece a informação de que uma primeira leva de 60 concursados será chamada nos próximos dias, para substituir terceirizados.
Em que setor? Ganha um Gordini no estado quem adivinhar.
Acertaram os que disseram que os 60 novos servidores serão jornalistas.
Este povo do Senado é muito debochado: transformou denúncia de empreguismo em motivo para... contratar mais.
O Senado já tem cerca de 500 pessoas atuando na Comunicação Social - entre jornalistas e técnicos de comunicação. Em vez de esperar pelas sugestões da Fundação Getúlio Vargas, que será contratada para uma auditoria na sua administração, tratará logo de criar um fato consumado: mais 60 coleguinhas que ninguém poderá afastar, mesmo que se descubra que eles são desnecessários.
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