A imposição do uso de cartão de ponto na redação do Globo (além de Extra e Expresso) é uma imbecilidade que só não pode ser chamada de inacreditável porque partiu do sindicato dos jornalistas, do qual sempre se pode esperar "conquistas" como esta.
Nem sei quem dirige o sindicato, mas é provável que a maioria da diretoria nem saiba como funciona uma redação de jornal. Se soubesse, não imporia aos seus, digamos, liderados, um tiro no pé como este.
Para começar, os jornalistas que atualmente são obrigados a passar sete horas à disposição da redação passarão a cumprir jornada de oito horas - sete de trabalho, uma de almoço.
Talvez ganhem hora extra, é claro, mas muita gente se surpreenderá ao descobrir que a maioria dos jornalistas nao cumpre, em média, a jornada de sete horas. E darão adeus àquelas engenhosas negociações, que compensam horas extras não remuneradas com folgas prolongadas, feriadões fora de época ou férias aumentadas.
Ainda que adote métodos de divisão de trabalho, jornal não é fábrica de salsicha.
2 comentários:
Bato ponto, fico oito horas dentro do jornal, por conta de um intervalo automático. No final do mês, a empresa sempre ganha. Quem faz hora-extram, não leva, "O ponto não é uma ciência exata", diz o editor-chefe.
Acho que v. esqueceu o que é a vida na redação, Marona. Trabalhamos muuuuiiikto mais do que as 7h convencionadas, sem ganhar hora extra, e para conseguir negociar folga é qu7ase humilhante. Jornalista realmente não pode ter horario rígido para trabalhar. O nosso expediente acaba quando acaba a matéria - pronta na mão do chefe - ou depois do fechamento, dependendo da função que se exerça. Mas ser contra ponto, é, no míknikmo, desrespeiktoso com os coleguinhas que a cada dia ganham menores salárikos.
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