Publicou como cenário principal do resultado da pesquisa uma sondagem em que Marina não aparece (cenário 1) junto com outra em que a senadora está incluída (cenário 6). Ao fazer isto, fundiu informações que não podem ser misturadas. Trata-se de grave erro estatístico porque, pelo resultado divulgado, a soma de Marina, Heloisa Helena, Ciro Gomes, Dilma Rousseff e José Serra com brancos, nulos e "não respondeu" dá 103%.
Quando Marina é incluída na pesquisa, no cenário número 6, o resultado é diferente do que a Folha estampou na manchete.
Serra tem 36% em vez de 37%.
Dilma tem 17% em vez de 16%.
Ciro tem 14% em vez de 15%.
Heloisa Helena tem os mesmos 12%.
E Marina fica com 3%.
O que muda:
- Confirma-se uma tendência de queda de Serra, ainda que muito suave (41%, 38%, 37%, 36%).
- Não é interrompido, como se noticiou, o crescimento de Dilma, embora desta vez, como no caso da queda de Serra, tenha sido quase residual e dentro da margem de erro (8%, 11%, 16%, 17%).
- Ciro não encosta em Dilma, como noticiou O Globo. A diferença, de 3 pontos, está mais perto do limite da margem de erro.
É pouco, mas pelo menos teria obrigado comentaristas e editorialistas e refazer sua busca de argumentos.
Agora, a 14 meses da eleição, ainda é possível dizer qualquer coisa. Ninguém vai lembrar de cobrar no ano que vem.
Mãos à obra, então.
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