Eu chamei Gustavo Mello de maior especialista do mundo em acidentes aéreos, num comentário recente. Ele não gostou da ironia mas, ecucado, mandou esta resposta aí:
Gustavo Mello disse...
Caro Marona,Obrigado pelo título de maior autoridade do mundo. Mas não creio ser merecedor nem do título, nem da ironia. Respondendo a sua dúvida, passei dois anos fazendo mestrado na UFF, estudando muitas horas por dia, todos os dias da semana. Nos EUA - amostra utilizada - estudei / li 174.895 relatórios de acidentes (aviação geral e comercial - inclui desde BOEING até pequenos aviões) de 1970 até 2004 - publicados no site da NTSB. Alguns textos eram de apenas 1 página, outros de até 10 páginas. Também fiz todos os cursos do CENIPA em Brasília para poder entender os acidentes aéreos. Se vc quiser posso te mandar uma cópia da tese. Outra informação: quem alardeou minha pesquisa foram seus colegas jornalistas, eu na verdade não sou de ficar "tirando onda". E, finalmente, não estou chateado com seu comentário, mas queria que vc me conhecesse antes de ficar com uma imagem ruim da minha pessoa.Gustavo
Você entrou de gaiato nesta história, Gustavo.
Os jornalistas dependem de especialistas, que costumamos chamar de "ólogos", para dizer aquilo que não podem sustentar, por ignorância e falta de credibilidade, e para encher lingüiça, em transmissões em vivo. Até aí, "tudo bem". Engana-se o público com certa dignidade e qualquer besteira exibida é culpa do perito, não nossa.
Mas funciona assim:
- Precisamos dizer que o acidente da TAM aconteceu por falha mecânica.
- É mole. Procurem um especialista.
Sempre há um especialista para dizer aquilo que, se nós dissermos, ninguém acredita.
Minha ironia, portanto, não era dirigida a você. Se te atingiu é porque escrevi mal. O alvo éramos todos nós, jornalistas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário