sexta-feira, 23 de maio de 2008

Marque o Riquelme, Renato!

Mais cedo ou mais tarde, o Fluminense teria mesmo que enfrentar o melhor time da América. Vai ser na semifinal, o que deve ser melhor do que se deparar com o Boca Juniors na última partida, que decide o torneio.

Minha experiência recente de gremista contra o Boca não é das melhores. Levamos um passeio dos "boludos". Naquela decisão, existia um motivo fundamental para tornar a disputa desigual: Riquelme, um dos melhores jogadores do mundo, certamente melhor do que Kaká, o escolhido da Fifa no mesmo ano. Riquelme não é apenas craque. É perfeito, quando está numa boa jornada.

Neutralizar Riquelme, ou pelo menos tolher os seus movimentos, é a primeira maneira de tornar o Boca Juniors um time normal. Muito bom, ainda assim, mas normal.

A segunda maneira é, mesmo sendo derrotado em Buenos Aires, marcar pelo menos um gol contra o Boca.

Com Riquelme bem marcado e reduzido em sua importância, e com um golzinho que seja na casa do Boca, o Fluminense pode planejar uma decisão da Libertadores a seu favor no Maracanã.

É improvável que, mesmo pensando da mesma forma, Renato Gaúcho admita que vai marcar Riquelme individualmente, tanto em Buenos Aires quanto no Rio. A crítica carioca não admite esta "admissão de inferioridade". Renato, embora seja gaúcho, tornou-se carioca por adoção e, é claro, adquiriu a pose.

Mas não precisa. Basta escalar três zagueiros, fingir que vai jogar num 3-5-2 e, na verdade, fazer de um destes zagueiros o marcador implacável de Riquelme, em qualquer lugar do campo. Poderia ser Roger, um típico terceiro zagueiro, experiente em Libertadores e, certamente, profissional o suficiente para aceitar a tarefa.

O Boca é um ótimo time que, no entanto, pode ser vencido. Riquelme, em noite inspirada, torna o Boca imbatível.

Acreditem, tricolores. Eu sofri na carne na última Libertadores.

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