segunda-feira, 26 de maio de 2008

Só o mata-mata salva o brasileirão

A cada segunda-feira, jornalistas que comentam futebol nos jornais e nas emissoras de tevê unem-se em protestos e lamentações contra o campeonato brasileiro sem graça e disputado, nesta fase inicial, por vários times reservas.

São os mesmos, exatamente os mesmos jornalistas que reclamavam da fórmula antiga do torneio e exigiam, em nome da modernidade e da justiça, que a CBF adotasse o campeonato por pontos corridos. Queriam imitar os europeus.

Pois bem, eles venceram e já há alguns anos o Brasil tem um dos campeonatos mais enfadonhos do planeta: 20 clubes disputam entre si em dois turnos, em 38 rodadas, ao longo de quase oito meses.

O campeonato começa gelado, porque vários clubes estão disputando a Libertadores e a Copa do Brasil, depois se torna frio e termina, no máximo, morno. Às vezes nem isto, porque o campeão se define meia dúzia de rodadas antes do final.

Um torneio dividido em dois grupos de 10, que depois de dois ou três meses classificasse quatro de cada chave para um mata-mata dos oito melhores seria a melhor maneira de tornar o brasileirão importante desde a primeira rodada.

As torcidas adorariam, os estádios ficariam lotados, assistiríamos a uma decisão por semana durante 30 dias. Mas seria demais para o coração dos cronistas esportivos.

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