Meu comentário das 11 e 30 na Rádio Mundial AM1180:
A decisão da Libertadores está em todos os blogs de esporte.
Mas vou começar com uma história do tempo em que não existiam blogs. Aliás, não existia nem internet.
Foi em 28 de de julho de 1983, no estádio Olímpico, em Porto Alegre, numa noite fria, onde um outro tricolor, o Grêmio, entrava em campo para decidir a Libertadores contra o melhor time da América na época, o Penharol do Uruguai. Aos uruguaios, bastava o empate, e eles conseguiram.
Até que aos 32 minutos do segundo tempo, um jogador do Grêmio chamado Renato Portaluppi, ficou preso à bandeirinha de escanteio, cercado por dois zagueiros do Penharol. Ele não tinha muito o que fazer, a não ser cavar um lateral.
Mas teve uma idéia maluca. Puxou bola com o pé, fez duas ou três embaixadas e deu um balão em direção à área. O atacante César cabeceou e marcou o gol que deu ao Grêmio o primeiro título da Libertadores.
Grêmio campeão, Renato Portalupi herói da conquista.
Marrento, metido a besta, sem nenhuma vaidade, mas com uma tremenda vocação ara ser herói, este mesmo Renato, que agora é chamado de Gaúcho, tem missão semelhante na próxima quarta-feira, desta vez no Maracanã, desta vez fora do campo, desta vez mais difícil, embora o adversário não seja o grande Penharol dos anos 80.
Será que dá?
É o que se perguntam os torcedores do Fluminense, abalados com a derrota de ontem, no Equador, por quatro a dois.
Não há blogueiro especializado em futebol que diga que não.
Juca Kfouri, do blog do Juca, diz que a virada é possível.
Alberto Helena Junior, do blog do Helena, diz que “não chega a ser absurdo fazer dois gols a mais que a LDU no Maracanã.
Lédio Carmona, blogueiro do G1, afirma:
“Si, se puede.
Mas não basta crer.
O Fluminense vai ter que jogar tanto quanto jogou contra o São Paulo e o Boca Juniors”.
Todos estão prevendo um jogo épico num Maracanã lotado.
Exatamente como aquele Grêmio e Penharol de 1983.
Eu acredito.
O Flu tem time para isto.
Desde que não cometa alguns erros graves que cometeu ontem, como ser incapaz de marcar de cima o ponta-direita Guerrón, da LDU.
Concordo com os que afirmam que o título da Libertadores nasceu ontem de duas jogadas:
O gol de Thiago Neves, segundo do Flu.
E a defesa milagrosa de Fernando Henrique, que impediu o quinto gol dos equatorianos, aos 42 minutos do segundo tempo.
Como dizem os castelhanos, eu repito:
Si, se puede.
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