Na luta contra a bandidagem, qualquer vitória é importante, por menor que seja. O Rio tem motivo para celebrar a queda de 18,7% no número de homicídios dolosos em abril deste ano, comparado a abril do ano passado.
Nas matérias dos jornais de hoje a gente não fica sabendo que tipo de estratégia o governo adotou para chegar a este resultado. Os jornais não ouvem o estado. Como de hábito, correm atrás dos especialistas de sempre - muitas vezes gente que fracassou no combate ao crime em governos anteriores e que agora emite conceitos críticos sobre seus sucessores. É manjado.
Tem sentido, no entanto, cobrar do governo do Rio que se inspire neste e nos governos recentes de São Paulo, que obtiveram resultados extraordinários em relação ao mesmo assunto. Desde 1999, o número de assassinatos em São Paulo caiu espantosos 70%. Ainda há no Rio 3,5 vezes mais homicídios dolosos que em São Paulo, uma cidade muito maior, ainda que com geografia diferente e criminosos menos agressivos, na média.
O que salta aos olhos é o segredo dos governos paulistas para reduzir o número de assassinatos: aumentar o número de prisões de criminosos. Simples, banal, evidente, óbvio, indiscutível. E eficiente.
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