Trabalhei com Fernando Calazans e guardo dele ótimas lembranças: bom colega, bom jornalista, obcecado pelo bom uso da gramática... Mas o tempo passa, lá se vão mais quase 15 anos, e o Calaza tornou-se um rabugento. Não tem problema, chega a ser engraçado, exceto quando o mau-humor vira implicância.
Calazans não gosta do futebol gaúcho. Gosta menos ainda do Grêmio e não consegue esconder esta má-vontade. É incapaz de elogiar o Grêmio e, quando não há como fugir, diante dos resultados obtidos pelo time, que é o líder do campeonato brasileiro, dá um jeito de dividir o espaço dedicado ao reconhecimento obrigatório com uma crítica feroz. Como faz hoje, ao admitir que o Grêmio é um bom time e, em seguida, atacá-lo pela quantidade de faltas cometidas no campeonato.
A certa altura, Calazans afirma que sentiu-se "encorajado a reconhecer a arrumação do Grêmio" quando leu elogios de Tostão ao técnico Celso Roth, colunista do jornal concorrente, o JB. Calazans não precisava disso. Poderia julgar um time e um técnico por conta própria. Mesmo porque, não faz muito tempo, ele afirmou que o Flamengo era o melhor time do Brasil, além de favorito inegável ao título.
Nesta ocasião, teve coragem de errar sozinho. Falou mais alto o coração rubro-negro.
Um comentário:
E era o melhor time do Brasil, ele estava certo. O que acontece é que o time do Flamengo agora é outro...
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