sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Funcionários do Hotel Glória se sentem abandonados

Depois do post em que reclamei do silêncio da imprensa em relação ao "muderno" e "supercarioca" Eike Batista, que vai demitir todos os 300 funcionários do Hotel Glória, alguns com mais de 40 anos de casa, recebi um bilhetinho comovente de alguns deles. Não se identificam, é claro. Mas demonstram o quanto se sentem abandonados pela mídia:

"Queremos agradecer pela lembrança. Também pelas informações pois nunca recebemos qualquer tipo de noticias, a não ser, verbalmente e pela imprensa. Alguém lembrou de falar da gente! Isso é muito bom e é um assunto para ser desenvolvido."

O busilis, meus amigos do hotel Glória, é que o que eu escrevo não tem a repercussão de que vocês precisam. E podem ter certeza: nenhum jornal vai ficar contra o Eike. Ele pode demitir os 300 funcionários e botar abaixo o prédio do hotel que vão dizer que aquilo era mesmo uma velharia e que precisava ser reformado.

Mas imaginem como seria, aí sim, moderno e avançado, se além de preservar as características de hotel mais tradicional do Rio, o novo proprietário desse um jeito de aperfeiçoar tecnicamente os seus empregados, treiná-los para as novas exigências do mercado e aproveitar todos os que quisessem continuar trabalhando?

Viraria um "case", como essa gente gosta de dizer.

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