Serve com o lição para quem vive defendendo a presença de técnicos em cargos públicos, em detrimento de nomeações políticas. Só um tecnocrata sem sensibilidade política e despreocupado com estratégia de comunicação poderia fazer o que fez a secretaria estadual de comunicação: suspendeu a produção de merenda escolar nas escolas para entregar o fornecimento a uma única empresa, sem prestar atenção no que estava fazendo e, principalmente, sem se preocupar em explicar os novos critérios à opinião pública.
Resultado:
A merenda, cuja preparação custava 32 centavos por refeição, passará a custar R$ 2,09; além disso, a quantidade de comida a ser fornecida em cada refeição vai diminuir em até 50%; também não haverá mais diferença de quantidade de alimentos segundo a idade do aluno.
Há alguma explicação para estas mudanças que, num primeiro exame, sugerem injustiça e até coisa pior? É provável que sim, mas só depois da insinuação de que as crianças serão prejudicadas é que a secretaria de educação resolveu se manifestar.
Na defensiva, é claro, e em pé de matéria.
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