Não conheci pessoalmente Arthur Sendas, mas alguém muito próximo trabalhou para ele, de quem tenho ótima imagem. Um homem muito rico, mas simples, inteligente, discreto e trabalhador. Começou com o pai num armazém, quando era pouco mais do que uma criança. Aos 17 anos, assumiu a gerência do estabelecimento e construiu um império comercial: 61 supermercados, 18 mil funcionários.
Pois aos 73 anos este homem que passou a vida inteira trabalhando e contribuindo para o sustento de quase 80 mil pessoas levou um tiro na cabeça, à queima roupa, de um motorista a quem recusara ou de quem tentava cobrar um empréstimo. O rapaz, motorista do filho de Arthur e filho de seu próprio motorista, não teve nenhuma dificuldade para cometer o crime. Arthur o recebeu na porta de casa, como fazia com quem quer que quisesse falar com ele.
2 comentários:
Meu Deus! Que notícia horrível! Isso é que dá, ficar longe das notícias do Brasil. Um dos maiores apertos que já senti no coração foi quando o Pão de Açúcar assumiu o controle das Sendas, mais um símbolo do Rio que se perdia para São Paulo. Quanto ao velho Arthur, ele agora deve estar junto dos santos que ele tanto venerava.
Carrego até hoje na carteira um santinho de São Judas Tadeu que me foi mandado pelo Arthur Sendas. Ele carregava uma resma destes santinhos e os distribuía mais do que o próprio cartão.
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