O estado tem que dedicar o pouco dinheiro de que dispõe no que realmente importa, concordam?
Aeroporto não é serviço público essencial, certo?
Aeroportos podem ser mais bem administrados pela iniciativa privada, correto?
O blog concorda, em tese, sempre, e na prática, quase sempre, com as três afirmações acima.
Mas não percebe porque a valorização do aeroporto do Galeão, para torná-lo rentável para a iniciativa privada, deve ser obtida ao preço do sucateamento do aeroporto Santos Dumont, recentemente reformado às custas dos cofres públicos.
O Galeão não perdeu importância por causa do Santos Dumont. Os vôos internacionais que deixaram de usar o Galeão como ponto de partida foram para Cumbica, em São Paulo. Trazê-los de volta não implica diminuir de importância o outro aeroporto.
Algo está mal contado nessa história.
E pelo jeito nenhum jornal está, atá agora, disposto a apurar e me contar a verdade. Talvez não exista uma mutreta escondida, como Elio Gaspari sugeriu na sua coluna de domingo. Talvez exista uma lógica irrefutável por trás da estratégia de prestigiar o Galeão a qualquer custo, mesmo ao custo de diminuir o mais bonito e charmoso aeroporto do país, um dos poucos do mundo localizado dentro de um cartão postal.
Mas algum jornal precisa me explicar o que está acontecendo.
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