A sigla SVP tatuada nas duas pernas da advogada brasileira Paula Oliveira, que vive na Suiça, não é de um partido nazista semi-clandestino. É da maior agremiação política do país, com apoio de quase um terço do eleitorado. Partido conservador, de fato, com críticas à imigração que beiram a xenofobia, mas legalmente constituído e com atuação legítima.
Uma das muitas dúvidas desta história que chocou o Brasil e ganhou grande repercussão na Europa é por que cargas dágua três skinheads tatuariam a sigla deste partido nas pernas da brasileira. É mais ou menos como se três carecas do ABC, aqueles neonazistas chinfrins de São Paulo, tatuassem DEM nas pernas de algum homossexual que eles costumam atacar de madrugada.
Também não ficou esclarecido ainda como os três agressores suiços agarraram Paula Oliveira na rua e a imobilizaram com tal firmeza e precisão que foram capazes de riscar o corpo dela com navalha superficialmente, apenas o suficiente para deixar-lhe as marcas dos cortes. Qualquer movimento da moça seria suficiente para tornar aqueles cortes mais profundos. Qualquer reação do corpo à dor, mesmo instintiva, impossibilitaria o entalhe simétrico, sem nenhuma curva ou tremor, das três letras que identificam o partido.
O primeiro esclarecimento feito até agora depõe contra as informações prestadas pela família de Paula Oliveira: denunciaram que por causa da agressão ela perdera os gêmeos que estava esperando e hoje à tarde foi revelado que ela não estava grávida. Por que mentiram?
3 comentários:
Comparação indevida. O DEM é de centro-direita, não de direita-direita (parafraseando o zagueiro-zagueiro Odvan).
E o partido de Gilberto Kassab e Guilherme Afif, que já foi presidido por Jorge Bornhausen não tem como ser xenófobo.
Você é daqueles que acha também que Jean Charles se atirou na frente das balas da polícia inglesa?
Por que DEM? O que você está insinuando? Larga mão de preconceito, meu.
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