O acaso não anda sozinho. Nem voa. Certos comportamentos conspiram a favor da fatalidade.
Uma comparação sustenta a tese.
Nos Estados Unidos, a turbina de um boeing engole pássaros, explode e derruba o avião. Mas a bordo há um piloto, o capitão Chesley, que dedicou muitos anos de sua vida ao estudo de procedimentos de segurança, o que permite que ele pouse o boeing suavemente sobre o rio Hudson e salve a vida de todos os 155 passageiros.
A perícia adquirida em estudos vence a fatalidade.
No Brasil, um bimotor entra em pane e cai sobre um rio. A bordo, o piloto fazia o possível para esconder um segredo: o avião, com capacidade para 19 pessoas, carregava 28, mas o piloto mentiu à torre de controle de Manaus, informando que transportava apenas 20 pessoas. Além disso, há fortes suspeitas de que o avião levantou vôo com combustível adulterado. Apenas quatro pessoas sairam vivas do acidente.
A mentira conspirou a favor da fatalidade.
A comparação não é entre dois países de níveis culturais diferentes. Não se pode dizer que os pilotos do Legacy, que provocou a queda de um boeing na Amazônia há poucos anos, tenham tido comportamento adequado. É entre culturas, hábitos e costumes.
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