terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Prefeitura do Rio impõe livro a professores

Uma nota do Gente Boa, no Globo, informa:

"Cada um dos 32 mil professores da rede municipal receberá dois livros. Os títulos serão escolhidos pelo Conselho Carioca de Leitura, formado por José Mindlin, Ana Maria Machado, Marina Colasanti, Zuenir Ventura e Gabriel, o Pensador, entre outros".

O blog se surpreende com a existência de um Conselho Carioca de Leitura. Não sabe ainda o que faz esta instituição além de participar de duas decisões infelizes e suspeitas:
  1. Impor aos professores da rede pública o que eles devem ler
  2. Dar uma mãozinha a dois autores e a duas editoras, que venderão para a prefeitura 32 mil livros de uma tacada só.

O Conselho Carioca de Leitura não aparece no Google, exceto em duas ou três citações de colunistas de jornal. Não merece um texto que explique suas funções e sua composição.

Em vez de entregar a algumas celebridades jornalísticas e, digamos, literárias, a função de impor livros aos professores, a prefeitura faria melhor se desse a cada um deles dois vales para que escolham, em qualquer livraria da cidade, os livros que quiserem ler.

Melhor ainda: faça um convênio com duas ou três livrarias importantes para que os professores da rede municipal tenham bons descontos na compra de livros de qualquer tipo.

Um comentário:

Teresa Silva disse...

Qualquer especialista em educação e até mesmo a lembrança dos tempos de escola confirmam que imposição de livros é uma tática que não funciona pra incentivar a leitura. Quantas pessoas que foram obrigadas a ler Os lusíadas na escola pra fazer trabalho valendo nota assimilaram o livro e gostaram da leitura? Tem inúmeras iniciativas não-governamentais e de pouco gasto que funcionam muito melhor: o açougue-livraria de Brasília, os livros soltos nas estações do metrô e os parques da leitura em São Paulo, só pra ficar nessas.

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