quinta-feira, 7 de julho de 2016

EDUARDO CUNHA CONTINUA DEPUTADO: A BADERNA VENCEU

Apenas para preservar o mandato e, assim, escapar de uma prisão que poderia ser provável, se o STF fosse sério, a renúncia de Eduardo Cunha ao cargo de presidente da Câmara pulveriza de forma definitiva qualquer aparência de legalidade do impeachment que, ainda assim, está prestes a derrubar definitivamente uma presidenta eleita contra a qual não existe uma única acusação de desonestidade, dolo ou má-fé.

Eduardo Cunha continuará sendo “apenas” o deputado que protagonizou o maior estrago já cometido contra a democracia brasileira a partir do parlamento: criou uma bancada leal de 200 deputados venais e subornáveis, chancelou irrecuperáveis retrocessos políticos e sociais, comandou pessoalmente um esquema de extorsão de dinheiro de empresários e grupos lobistas, bombardeou, junto com o PSDB e o DEM, todas as tentativas do governo de aprovar medidas que ajudassem o país a sair da crise econômica, derrubou a presidente da República eleita, e colocou no seu lugar um fiel comparsa, comprometido até o último fio de cabelo com o seu esquema mafioso.


Não há nada que a ironia permita dizer além de: “parabéns aos envolvidos, parabéns à imprensa, parabéns ao Judiciário, parabéns aos políticos que, embora não sejam capangas diretos de Eduardo Cunha, a ele venderam suas almas para que a baderna vencesse.

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